Curupira é um ser que habita as florestas, um ser fantástico que protege a mata e os animais, e é capaz de punir quem quiser agredir a natureza.
É descrito como um menino bem baixinho, de cabelos vermelhos como o fogo e pés com os calcanhares para frentem para poder confundir os caçadores.
Ele gosta muito de se refrescar debaixo das sombras das árvores, e comer os deliciosos frutos que nela crescem, mas se perceber que está sendo avistado por alguém ele consegue correr tanto que a visão humana não é capaz de alcançar.
Dizem que quando o Curupira se encanta com alguma criança, ele leva ela embora de seus pais e depois a devolve com a faixa de 7 anos de idade. As crianças não voltam mais as mesmas, devido o fascínio que desenvolvem pela floresta.
O Curupira usa mil artimanhas para proteger os animais como iludir e confundir os caçadores, utilizando gritos, assobios e gemidos, fazendo com que o caçador pense que está atrás de um animal e vá atrás do Curupira, e este faz com que o caçador se perca na floresta.
Ao aproximar uma tempestade, o Curupira corre toda a floresta e vai batendo nos troncos das árvores. Assim, ele vê se elas estão fortes para aguentar a ventania. Se perceber que alguma árvore poderá ser derrubada pelo vento, ele avisa a bicharada para não chegar perto.
O Curupira também pode encantar os adultos. Em muitos casos contados, o Curupira mundia os caçadores que se aventuram a permanecer no mato nas chamadas horas mortas. O encantado tenta sair da mata, mas não consegue. Surpreende-se passando sempre pelos mesmos locais e percebe que está na verdade andando em círculos. Em algum lugar bem próximo, o Curupira está lhe observando: "estou sendo mundiado pelo Curupira", pensa o encantado.
Daí só resta uma alternativa: parar de andar, pegar um pedaço de cipó e fazer dele uma bolinha. Deve-se tecer o cipó muito bem, escondendo a ponta de forma que seja muito difícil desenrolar o novelo. Depois disso, a pessoa deve jogar a pequena bola bem longe e gritar: "quero te ver achar a ponta". A pessoa mundiada deve aguardar um pouco para recomeçar a tentativa de sair da mata.
Diz a lenda que, de tão curioso, o Curupira não resiste ao novelo. Senta e fica lá entretido tentando desenrolar a bola de cipó para achar a ponta. Vira a bola de um lado, de outro e acaba se esquecendo da pessoa de quem malinou. Dessa forma, desfaz-se o encanto e a pessoa consegue encontrar o caminho de casa.

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